Jornalismo de fechadura num país sem líderes

Alguns jornalistas, como tantas outras classes, têm uma formação moral muito baixa, chegando mesmo a comportarem-se como a ‘alcoviteira’ lá da aldeia, ouvindo aqui e espelhando ali sem confirmarem se o que estão a dizer é verdade, se tem algum sentido lógico ou mesmo se estão a ir de contra a liberdade dos outros. E isto é possível devido à constante cobertura que fazem uns aos outros, e mesmo que não se concorde o melhor é estar caladinhos pois não sabemos o dia de amanhã. Para os jornalistas que temos, a liberdade é ilimitada, em nome da liberdade dizem tudo o que lhes apetece, verdades e mentiras, mesmo que choquem com a liberdade dos outros, deixando de ser liberdade. Concluindo, não temos liberdade de imprensa nem de expressão, temos o caos, num salve-se quem puder, em nome de tudo menos da liberdade. Claro, como devem reparar, não estou a falar na totalidade dos jornalistas. Manuela Moura Guedes, depois de sair da TVI, decidiu que o grande objectivo de vida dela era derrubar Sócrates e seja com que meios forem, esquecendo-se que o seu trabalho é informar e não entreter. Confesso que estou a ser crente, o jornalismo dela nunca foi sério nem credível. José Sócrates não é nenhum santo mas esta senhora também não. Se ela quer ‘lutar’ e pôr Sócrates KO que o faça pelas vias mais correctas. E não chegando a Moura Guedes, na última sexta-feira com o jornal ‘Sol’ foi a verdadeira palhaçada, primeiro não se respeitou uma decisão judicial, e como não chegava, publicaram escutas que se encontravam em segredo de justiça, independentemente do conteúdo das mesmas. O governo está na corda bamba, um governo que foi eleito pelo povo e que será derrubado por lobbies, casos e incompetência. Pior é que não temos ninguém com perfil para liderar um país em ‘pantanas’. Bem-vindo à instabilidade. E com a Grécia cada vez mais perto...