7 de fevereiro de 2010

Eu é que mando na minha própria vida


Este domingo ouvi o Papa dizer “Ninguém é dono da sua própria vida” e não lhe fica bem dizer isto. Somos mais do que uma simples marionete nas mãos desta igreja que é medonha e está a muitos séculos do nosso tempo, está cheia de contradições, num tempo em que o mundo está um caos, a nível humanitário, a igreja anda preocupada com questões secundárias. Depois dos homossexuais lá se reciclou os temas eutanásia e aborto. Sou um defensor do aborto desde que este implique regras rígidas, de forma a não se tornar num acto banal nos dias que correm e sendo sempre o último recurso numa gravidez. No caso da eutanásia a opinião é muito clara, o doente e só ele, e estando numa situação irreversível em termos clínicos, é que pode pedir a morte medicamente assistida. E como é que uma pessoa pode tomar uma decisão dessas quando se encontra em coma, por exemplo? Fácil, a partir dos 18 anos as pessoas seriam convidadas a preencher um parecer jurídico onde se colocaria a forma que os médicos teriam de proceder aquando de uma situação extrema. Pois acho inconcebível que não possamos decidir quando se deve acabar com a nossa vida, sabendo que continuaríamos a sofrer e que os médicos não nos podiam ajudar a sairmos daquela situação. E numa altura em que o mundo mais precisa de ajuda a empresa com maior lucro a face da terra nada faz, volto a perguntar aqui: Onde está a igreja e o seu dinheiro neste drama do Haiti?
Deixo aqui um reparo o Papa Bento XVI é que está à frente da igreja não é Deus, não é por repudiar a igreja que não acredito em Deus. E como Voltaire dizia “Deus concedeu-nos o dom de viver; compete-nos a nós viver bem”.

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