Quanto mais ouço as mulheres a queixarem-se dos seus relacionamentos e dos respectivos homens, mais penso que a culpa é delas e não deles. Sei que com esta afirmação vou ser chamado de machista, mas pouco me importo disso. Na maioria dos casos, as mulheres querem um amor e os homens querem mulheres. Procuram neles um porto de abrigo e eles nelas, só mais, um porto para ancorar. O único ponto que é comum aos dois é a procura de noites escaldantes. Como é que uma mulher quer ter um homem para a vida, se o que escolheu só vê nela uma mulher da vida, se é que me entendem. Já alguém se questionou o porquê de um relacionamento, que passe o primeiro mês, acabe quando está para fazer um ano? É que elas, por essa altura, começam a querer mais, uma vida em conjunto, e eles não, só vêem ali mais uma.
Claro que não quero generalizar. Mas o poder de escolha das mulheres é uma coisa que me intriga. Se eu quero uma relação séria e estável, escolho alguém que sei que daqui a vinte anos conseguirei conviver com as suas virtudes e com os seus defeitos. As pessoas não mudam, não esperem que os defeitos que agora não suportam, daqui a meia dúzia de anos já vos irão agradar. Agora se quero só mais uma, a mim pouco me importa se ela gosta mais de azul ou de preto, de praia ou de campo, é só mais uma, convém é que seja boa no que faz, mas logo de princípio lhe é comunicado que não passa de mais uma. Essa do amor ser cego é uma valente treta, quem é cego somos nós. Depois das relações acabar, é vê-las achar que estas acabaram porque exigiram demasiado deles, e a culparem-se disso.
Mas não cheguei a este mundo à dois dias, sei perfeitamente que os homens se aproveitam dessas situações, não gostam de fechar portas, deixando-as sempre entreaberta, não vá numa situação de desespero e solidão ter que voltar a bater naquela porta, utilizando o recurso existente por trás dela. Mais uma vez por culpa delas que não se importam de deixar a porta mal fechada. Depois de várias desilusões, de desespero e angústia por causa deles, ainda são capazes de lhes dar a segunda oportunidade. As pessoas chamam a isso amor, eu chamo masoquismo, puro e duro, gostar de sofrer. Sei que estou a generalizar uma situação que nem sempre acontece assim, mas olhem à vossa volta que vão ver centenas de situações assim. Elas, ao menos, poderiam evitar andar para aí a lamentar as relações e a falar mal dos homens, pois foram elas que os escolheram, e isso também, é um sinal que a porta ainda está aberta, e bem aberta. Nem vos conto os casos que conheço em que o número de portas abertas é bem superior ao de portas fechadas. E como diz a música “Tu podes ser bastante querida, mas não é preciso dor para provar o desamor”.